novembro 22, 2009

novembro 22, 2009 0

Sonhos...




A menina estava novamente sonhando...
E as vezes ela tinha medo de como as coisas ficariam.
Sonhava com um dia de verão, de passeio no campo de mãos dadas com banho de chuva no final da tarde...
A companhia perfeita era um menino que ela conheceu em uma ocasião dessas por ai.
Na verdade, ela não conhece exatamente esse menino.
O destino fez com que o caminho dos dois se cruzassem, mas ela nunca teve a oportunidade de conhecer o rapaz...
E era disso que ela mais tinha medo.
Sempre diziam pra ela que é preciso conhecer para depois se apaixonar, mas dessa vez, o coração dela decidiu não esperar.
E por mais que soubesse que não deveria, ela estava completamente apaixonada por um cara que não conhecia.
Tem coisa mais assustadora que isso?
Os sonhos estavam tão perfeitos que a cada dia ela tinha mais medo da realidade.
A realidade sempre dava medo.
Medo de não parecer nem um pouco com os sonhos.
Medo de ser mais perfeita que o sonho.
Medo de nunca acontecer...
E todo esse medo estava fazendo ela se perder em meio aos sonhos...
E ela só não esperava ficar presa lá....
Mas ao mesmo tempo ela não queria sair...
Não agora...
Não durante a chuva de verão no meio do campo...
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Texto que escrevi em uma madrugada de um dia desses...
Os pensamentos passam... a mão escreve e as lágrimas correm...
Quer coisa mais "emo" que isso????
Hahaha
Só falta isso agora...
Deixar a franja crescer, esconder o olho e viver chorando por ai...rs












***
Confesso que demorei pra me render a febre que Crepúsculo virou...
Sempre fui meio contra esse tipo de coisas (ainda detesto Senhor dos Anéis - e tentei realmente assistir todos - e não sou fã do Harry Potter).
Normalmente, meus filmes preferidos não são os mais badalados do cinema e às vezes são os mais atacados pelo pessoal que conheço...
Sou do avesso pra essas coisas...
Mas...
Não sei se pela minha fase romântica atual ou se pelo meu grande estado de nostalgia que estou hoje, amei o filme!
Filmes de vampiros sempre são tão cheios de efeitos especiais que sempre me fascinaram...
Mas um assim...
Tão lindamente simples...
Tão baseado somente em uma história de amor...
Tão àgua com açúcar, como diria meu pai, me fascinou tão completamente que a minha vontade era de vê-lo de novo...
Bem daquele tipo, dá o play novamente...
E antes que alguém me pergunte...
Sim...
Estava quase chorando quando o Edward parece que vai terminar com a Bella...




É
Talvez eu seja mesmo a última romântica...

novembro 17, 2009

novembro 17, 2009 0

Não pedi sinceridade, pedi amor.




Não desejo que seja sincera.
Você pode mentir.
Você pode inventar.
Você pode deixar de dizer.
Não ficarei magoado.
Nunca ouvi coisa boa quando alguém foi sincero comigo.
Nunca ouvi uma declaração de amor.
Uma declaração de fé.
Uma declaração de confiança.
Com a sinceridade, suportei despedidas, críticas e desaforos.
Fui demitido ou avisado do fim do namoro.
Não fui promovido, abençoado.
Não me ressuscitaram com a sinceridade.
Não recebi pedido de casamento.
Não me salvaram com a sinceridade.
Não me resgataram com a sinceridade.
Não tiveram pena, compaixão, compreensão com a sinceridade.
Ser sincero é uma condição que traz unicamente cobrança, ajuste, saldo.


"Posso ser sincera?" é sinônimo de "agüente sem gritar".
Expressa arrogância.
Sou contra a catarse de falar para ocupar espaço.
Falar para exorcizar, para esvaziar a consciência.
Dane-se a consciência!
Não me alivia falar.
Não me alivia jogar para fora.
Demoro-me porque pretendo jogar dentro.
Criar raízes nos seios.


Ser sincero é afastar, repelir, é maldade comportada.
Prefiro um ódio selvagem a um ódio civilizado.
Um ódio civilizado é rancor.
É recalque.
Recuso o rancor.
Recuso o que finge espontaneidade.


Essa franqueza não ensina, machuca.
Essa franqueza debocha.
Tiraniza.
Não seja sincera comigo.
Não me faça sofrer em nome da honestidade.
A honestidade nada tem a ver com isso.


Que me engane com promessas.
Que me prometa o que não fará.
Que me prometa mesmo que não confie.
Que me prometa como forma de começar a confiar.


Guarde um pouco de você para depois.
Deixe adivinhar.
Não me conte tudo.
Deixe pressentir.
Não me conte tudo.


Não estou exigindo que fale mal de mim pelas costas, mas que também não seja de frente.
Que tal de lado?


Falar o que se pensa não é falar o que se deseja.
Não quero saber de transparência na relação, nem a verdade é transparente.
Não conheço ninguém que tenha sido franco para proteger, para cuidar, para acariciar.
Desde quando se pede licença para bater?
Não dou licença, não permito a sinceridade que seja violência, tiro os óculos apenas para beijar.


Não me diga o que pensa.
Em sua sinceridade, não encontrarei opiniões agradáveis.
O que vem à cabeça não é a cabeça.
Não seja sincera comigo.
Pode ser sincera consigo, com os outros, com os pais, com os amigos, comigo não.
Não pedi sinceridade, pedi amor.
O amor não está nem aí para o que acreditamos e deixamos de acreditar.
Ele acontece apesar de nós.


(Fabrício Carpinejar)

















E de repente me bateu uma nostalgia...
Uma saudade nem sei de que...

Espero que não demore pra passar...